quarta-feira, 7 de março de 2012

(Na verdade eu devia ter feito essa postagem a alguns meses atrás, mas tudo bem, algumas idéias demoram a "envelhecer"...)

Que tarde maravilhosa para fazer um desabafo (texto livre) sobre:

Pré noções no reconhecimento


e para algumas homenagens dignas...


Muitos levam o reconhecimento a sério demais e o fazem essenciais em suas vidas. Outros o fazem de maneira tal para conferir-lhes certo nível de coragem e do contrário não seguiriam nem adiante com seus projetos.
Eu digo que isso é simples descrença e medo, uma expressão de preconceito consigo mesmo, e porque não, considerá-la a doença deste século tão quieto e vitimado...
Tal personalidade pode-se atribuir, amparado na proposta de diversos cientistas sociais, à reprodução dos valores preferencialmente cristãos, dos mais diversos segmentos, que tem guiado uma humanidade inconseqüente para sua própria aniquilação. A descrença em si mesmo gera uma inoperância visivelmente contagiante, pois ninguém leva adiante algo que não é bem criticado. Como suma maioria da população é religiosa, sua educação, baseada em dogmas e fundamentalismos sustenta os mais diversos preconceitos para com a sexualidade, para com outras crenças...Sem respeitar ou atribuir valor a por exemplo esse texto que vos fala... Por isso alguns autores nascem póstumos enquanto outros são considerados loucos pelo senso comum .
Na sociedade que acredita no trabalho como a chave para sua suposta salvação, sem que a elas seja dada uma verdadeira compreensão a respeito de muitos dos interesses que regem a igreja e suas “sabidas” histórias da carochinha, não é difícil entender porque nossa sociedade é tão presa a tradição. O novo não lhes interessa, os amedronta (ouvi até dizer que os disvirtuam ¬¬).
As pessoas só acreditam na intervenção de seus destinos por um terceiro, que assiste a tudo como a um Big Brother, e para Weber isso é considerado um tipo de compreensão atual, imediata (feita sem mediação) e preconceituosa da realidade.

Em quanto uns se vangloriam da enorme paz que a premissa cristã trás para suas mentes, muitos como eu, inclusive diversos sociólogos vê esta paz como sendo passageira, a curto prazo, nos bastando tomar os índices crescentes de violência cultivados na desigualdade social ou a inconseqüente destruição da flora terrestre, para nos darmos conta de como precisamos assumir novas e responsáveis “posições mentais” e atitude urgente, precisamos mudar nosso paradigma e nos libertar dos dogmas religiosos que até inconscientemente nos rege!
Acredito que a humanidade, em suma maioria, não esclarecida, tem estagnado o seu percurso evolutivo rumo a sustentabilidade e a uma visão ecológica (paradigma proposto) , como ela sendo parte integrante, como uma célula do planeta em que vive.

Dentro dessa lógica inconsciente que segue a humanidade, presenciei hoje e fui vítima de uma pessoa que, ao contrário, tinha reconhecimento de sobra. O seu tipo era aquele que não admite razão a mais ninguém, pobre de mim calouro e ela com seu mestrado em história. Tanto “latiu” que nela também, observei, ter se estruturado, além do seu discurso de dominação (fruto desse reconhecimento que lhes foi dado), pilares para a perpetuação da violência, que como mencionei são nocivos até para continuidade da nossa espécie. Mas logo pra cima de “muá”? Meu impasse com ela foi tanto que, muito agradecida, constitui esta linha de raciocínio que desmascara suas próprias intenções militantes. E que discurso... --Não, que eu sou reconhecida... Tentando, inutilmente, me impedir de exercer meu direito como universitária, de expor minhas idéias tão bem intencionadas, de expor, como diz o saudoso sociólogo Max Weber a “verdade oculta”
Mal sabe ela do que eu sei, mal quer saber ela do próprio preconceito e de todo esse ciclo que ela reproduz, e olha que vai para o encontro nacional das diversidades, VAI E LEVA SEU BAQUINHO DE SUPERIORIDADE, MOCRÉIA! (é isso que da vontade de dizer, mas não, meu processo apesar de dialético é baseado em argumentos não em “baixarias”...

Minha busca é a união entre todos os seres humanos por ideal digno e só! (só? rsrsrsrs) Mas é isso, tudo vale a pena quando a alma não é pequena, jádizia meu caro Pessoa.


Primeiro uma breve homenagem a quem já considero um grande escritor potiguar: Jota Mombaça, amigo de sala (que faz denuncias maravilhosas, autor de um trabalho muito interessante intitulado “meu cú minha bandeira” )
Você arrasa, brother, de verdade, gosto muito de trocar idéias contigo!

Outros reconhecimentos merecidos eu quero destinar a um poeta marginal dos confins do centro da cidade. (depois diga aí de onde você é realmente) X)
Faço esta homenagem, meu amigo, porque no que você escreveu, eu soube admirar a humildade que carece em muitos homens e mulheres e que nos levaria realmente pra frente. Barata Punk saiu divulgando seu trabalho, por incentivo próprio, suas contrari(ações) lutam através de uma
união anarquista consciente em prol da igualdade social e liberdade de expressão.

Aqui estão alguns de seus poemas, amostra de seus pensamentos:

Monstro social

Que sociedade é essa

Cuspindo fogo como um dragão,

Que monstro é esse Que julga os de sua mesma espécie, que leis são essas

Para aprisionar um ser livre.

Que armas são essas

Para destruir as coisas mais belas criadas.

Sempre esperando

Era uma vez, uma bela menina,

Que buscava um príncipe encantado,

Nos seus sonhos ele viria lhe
Buscar em um lindo cavalo branco,

Com roupas finas e vaidade apurada...

Era uma vez uma grande decepção,

Eum grande trauma, tudo que ela

Esperava não era real.

Era apenas uma novela,

Um conto qualquer...

Ela se preocupou muito

Com o que lhe falaram

“um dia você vai ser muito feliz”

Soprava no seu ouvido

Mas tal felicidade

Não veste branco

Como as princesas

De seus contos,

Veste-se de acordo

Com a ocasião...

O embalo...

O momento...

Não espere, não pense demais...

Faça acontecer para


“Viverem felizes para sempre”

Ódio

Muitos dizem que o ódio

É um sentimento ruim,

Mas essas pessoas

Não sabem canalizar

O verdadeiro ódio

O ódio seu verdadeiro

O ódio é a propulsão

Para lutar contra a máquina

O ódio é o fogo que queima

Em forma de revolta,

Para a resistência,

Para a persistência,

O ódio é a propulsão

Para lutar contra o corpo

O ódio é o fogo que queima

Contra a intolerância

Contra a ignorância

Contra o estado.

Libere todos os demônios

Invoque o inferno a sua mente

Para que você possa sentir

O calor do que realmente quer

Sinta o profundo e perverso

Odor do medo de viver

Que sai de seu próprio corpo

E não tente retirá-lo

Tomando banho ou se
Perfumando todo.

Retire esse medo,

Com sua criatividade

Com o seu fazer

Você pode

Você consegue.

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