O ser-mulher
Sou mulher!
Nem por isso sou delicada
Nem por isso devo ser naturalizada
Que a todos tenho que parir.
Meu prazer é o gozo
Iluminar os outros
Que a ninguém preciso servir
Sou mulher!
E o que me faz é a força
Que ao meu clitóris devo defender!
Viver!
Como eu quiser
Pode ser junto à outra mulher
Tal família nós podemos constituir!
Se um dia eu disser não a maternidade
Chamar-me-iam de autoridade
Curvar-se-iam diante de mim
Contudo não busco tal guerra
Nem ter nome de Deus
A mulher quer simplesmente
Seu lugar ao sol
Nua
E intocável se assim desejar
Da Vagina ao coração
No meu útero
Gero a revolução
Que eleva a mente
E que leva meu nome.
Apelo da célula do mundo
Não se engane
Se a tua vida é apenas um mar de rosas
Não sabes o que é ser humano
Não lestes a informação correta:
Pois a verdade é que o mundo está se abalando
E Não por Natureza
(o homem perdeu a sua quando parou para pensar)
Não por sicrano
Mas única e exclusivamente por tua inoperância
Por que falta educação para real organização
Da cabeça livre e do corpo que age, briga e arde
Só de ouvir falar em revolução.
Pelo ideal de todos a todos servir
Pelo egoísmo bom
De a humanidade persistir
Cultivamos o sentir na pele do outro
E o amor reconhecido quando alguém profere a verdade:
Aquela de existir enquanto se consome toda a natureza
Ou a de se unir em um planeta inteligente
Um deus iluminado.
Capaz de dizer basta a ilusão que submete a todos
Em 1.100 páginas.
Sim, capaz da verdadeira salvação!
Escreve mais paulinha!
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