quarta-feira, 2 de junho de 2010

"old time"

Desamparo e sonho

Cansei de tanta pornografia
Alguém me tire daqui!
Queria um lugar que morassem anjos...
Anjos que fizessem amor e sentissem muita dor...
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Canto dos nobres

O que caberia em mim, manoel
Se não o teu mundo pequeno?
ainda que pequeno fosse, tão completo e tão belo.
Ainda que repleto de rãs e lesmas a gozar sobre as pedras,
quisera eu gozar assim, já repleto de horizonte.
Onde tuas árvores têm mais sentido.
E tuas palavras os sentidos dos pássaros.
Menino doente!
Sonora a voz de uma concha, ele disse...
Quanto aos dementes do rio, manoel,
certeza que eras tú
criava-os, todos, tu lembrava-me
cada um deles com teu canto primoroso,
nobre canto dos doidos em meu coração.
Detiam-me nas folhas de papel das tuas árvores
e elas simplesmente me coisam.


(Consegui ter essa publicada na revista do colégio há uns anos atrás)

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Sem título

Sou tão inútil!
A espera de dias melhores aqui estou eu
estática!
tudo tinha que ser perfeito....
Mas não me esforço um tanto se quer, nem para livrar- me dessa preguissa.
Sou um alguém convencido sem provas.
convencido de que sei fazer poesia
ou escrever uma história
Sendo minha vontade tão imensamente maior, aqui estou eu
Intácta!
E para que tentar levantar-me?
Se todos os caminhos levam ao caos?
Triste por tal consumação, por tal conclusão, aprendi que absolutamente tudo passa
Mas que no tempo de tudo, eu fico.
Sou obrigada a marcar a tal passagem, mas onde estará essa vontade?
estado mais deplorável...
eu que de estável me tornei maleável
moldando-me incessantemente numa cama .
Todavia n se preocupe, apenas ouça!
pois até já esqueci quem eu sou...
Minta pois sinto-me vazia, e com uns 80 anos de idade...
Minhas mãos esclerozadas, declamam a mesmisse em outras palavras
que ano após ano não me tarda em ser inútil!
- até q leias (minhas palavras) nunca poderei sê-las
Ó, minhas mãos queridas, vocês são tão reais e eu apenas a vertigem!
Já dizia um sábio que conhecí que "a realidade estragou tudo"
mas vocês não!
então padecerei de pensar e escreverei
porque tudo me rejeita, e eu só hei de escrever por escrever e a mim mesma
até que tudo supostamente termine
Aprendi que isso se chama autodestruição, e o sábio também já sabia disso...
ele sim estragou tudo, ele sim sabia de tudo...
só não sabia que eu o amava, isso ele não sabia!
-E só se a mim se mostrasse o teu deus
ó sabio!

e me dissese o que é verdade
Talvez eu fosse realmente feliz
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Sem Título

Vagando junto às particulas microscópicas
ocupo seus pumões, sua vida
passo dispercebida junto às migalhas
eu sou o nada
sou como navalha rompendo cada triz do seu.
E quando tudo terminar e você estiver como pó eu fujo
para bem longe, onde você não me alcançe e nem possa se vingar.
Como é bom respirar novamente, você, nicotina, me fez doente.
e eu já não sinto seu prazer
o que me dá mais prazer ainda
Mas talvez seja você a correr em minhas veias agora,
pois sinto muita dor!
como conseguiu me encontrar, você que não soube me encontrar?
o que quer agora que sou energia ?
nao sei como se faz o morrer nesta terra em que estou
E você diz: eu ensino
você só diz: tudo termina assim...
mas eu ainda não sei como você conseguiu me encontrar?
uma energia nunca se perde...
Tudo bem! Eu aceito sua sentença!
eu quero me perder agora!
não sejamos mais apenas sofrimento
eu me arrisco em mais uma tragada ,
e de novo
oh sim, como eu quero a loucura como força
quero a ilusao de seu esperma como vida
para me fazer sentimento.
para não ser mais "um nada"
Para ao menos ser qualquer um
infeliz no mundo.


(esse é trash, trip pesada de uns anos atrás... xD)
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Esses são os antigos que eu havia falado...

Faltam os relativamente atuais, já estou providenciando o resgate!


P.S.: De nada aos que lêem