quarta-feira, 10 de abril de 2013


Somos raiz forte, meu bem!
sugamos o que é belo e grandioso para existir
e tudo é deserto ao redor de sermos
superamos o ideal, o connvencional
o partir
de-forma a sempre te sentir
Mo saio a ti 
monstruoso!
Entranhados na carne à tinta
sol e lua sem encontro porvir
Meu romance astral é com o impossível!
caos distorcido
Renascido e torado no dente
amor demente
Dois buracos negros juntos n podem existir.


Ai, o êxtase...
A febre instigada pela alma 
Num bombardeio ao próprio eu mutante.
Noites quentes de carnaval 
E a moral viu esta aurora com ressaca...
Eu assim, um pouco mais calma tentando sem obrigaçao, dormir... 
Enquanto um riso sincero, 
me arrebata ao mendigo apaixonado
a puta guerrilheira
e o quão descabido 
(aos olhos dos castrados) 
Foi meu gozo... 
Penso que trinquei a redoma e Cafunguei! 
O cheiro forte me adentrou as narinas...
Um cheiro muito longe 
de ser puro 
Sendo, por todas as vias Satisfatório à carne vivente.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Alguns escritos de um passado recente...

(Mas que hoje, pelo menos esse primeiro, coincidiu como uma homenagem ao dia internacional da mulher. Vocês merecem minhas caras resistentes, apesar da busca pela igualdade acima de tudo!)

O ser-mulher


Sou mulher!

Nem por isso sou delicada

Nem por isso devo ser naturalizada

Que a todos tenho que parir.

Meu prazer é o gozo

Iluminar os outros

Que a ninguém preciso servir

Sou mulher!

E o que me faz é a força

Que ao meu clitóris devo defender!

Viver!

Como eu quiser

Pode ser junto à outra mulher

Tal família nós podemos constituir!

Se um dia eu disser não a maternidade

Chamar-me-iam de autoridade

Curvar-se-iam diante de mim

Contudo não busco tal guerra

Nem ter nome de Deus

A mulher quer simplesmente

Seu lugar ao sol

Nua

E intocável se assim desejar

Da Vagina ao coração

No meu útero

Gero a revolução

Que eleva a mente

E que leva meu nome.



Apelo da célula do mundo


Não se engane

Se a tua vida é apenas um mar de rosas

Não sabes o que é ser humano

Não lestes a informação correta:

Pois a verdade é que o mundo está se abalando

E Não por Natureza

(o homem perdeu a sua quando parou para pensar)

Não por sicrano

Mas única e exclusivamente por tua inoperância

Por que falta educação para real organização

Da cabeça livre e do corpo que age, briga e arde

Só de ouvir falar em revolução.


Pelo ideal de todos a todos servir

Pelo egoísmo bom

De a humanidade persistir

Cultivamos o sentir na pele do outro

E o amor reconhecido quando alguém profere a verdade:

Aquela de existir enquanto se consome toda a natureza

Ou a de se unir em um planeta inteligente

Um deus iluminado.

Capaz de dizer basta a ilusão que submete a todos

Em 1.100 páginas.

Sim, capaz da verdadeira salvação!


(Na verdade eu devia ter feito essa postagem a alguns meses atrás, mas tudo bem, algumas idéias demoram a "envelhecer"...)

Que tarde maravilhosa para fazer um desabafo (texto livre) sobre:

Pré noções no reconhecimento


e para algumas homenagens dignas...


Muitos levam o reconhecimento a sério demais e o fazem essenciais em suas vidas. Outros o fazem de maneira tal para conferir-lhes certo nível de coragem e do contrário não seguiriam nem adiante com seus projetos.
Eu digo que isso é simples descrença e medo, uma expressão de preconceito consigo mesmo, e porque não, considerá-la a doença deste século tão quieto e vitimado...
Tal personalidade pode-se atribuir, amparado na proposta de diversos cientistas sociais, à reprodução dos valores preferencialmente cristãos, dos mais diversos segmentos, que tem guiado uma humanidade inconseqüente para sua própria aniquilação. A descrença em si mesmo gera uma inoperância visivelmente contagiante, pois ninguém leva adiante algo que não é bem criticado. Como suma maioria da população é religiosa, sua educação, baseada em dogmas e fundamentalismos sustenta os mais diversos preconceitos para com a sexualidade, para com outras crenças...Sem respeitar ou atribuir valor a por exemplo esse texto que vos fala... Por isso alguns autores nascem póstumos enquanto outros são considerados loucos pelo senso comum .
Na sociedade que acredita no trabalho como a chave para sua suposta salvação, sem que a elas seja dada uma verdadeira compreensão a respeito de muitos dos interesses que regem a igreja e suas “sabidas” histórias da carochinha, não é difícil entender porque nossa sociedade é tão presa a tradição. O novo não lhes interessa, os amedronta (ouvi até dizer que os disvirtuam ¬¬).
As pessoas só acreditam na intervenção de seus destinos por um terceiro, que assiste a tudo como a um Big Brother, e para Weber isso é considerado um tipo de compreensão atual, imediata (feita sem mediação) e preconceituosa da realidade.

Em quanto uns se vangloriam da enorme paz que a premissa cristã trás para suas mentes, muitos como eu, inclusive diversos sociólogos vê esta paz como sendo passageira, a curto prazo, nos bastando tomar os índices crescentes de violência cultivados na desigualdade social ou a inconseqüente destruição da flora terrestre, para nos darmos conta de como precisamos assumir novas e responsáveis “posições mentais” e atitude urgente, precisamos mudar nosso paradigma e nos libertar dos dogmas religiosos que até inconscientemente nos rege!
Acredito que a humanidade, em suma maioria, não esclarecida, tem estagnado o seu percurso evolutivo rumo a sustentabilidade e a uma visão ecológica (paradigma proposto) , como ela sendo parte integrante, como uma célula do planeta em que vive.

Dentro dessa lógica inconsciente que segue a humanidade, presenciei hoje e fui vítima de uma pessoa que, ao contrário, tinha reconhecimento de sobra. O seu tipo era aquele que não admite razão a mais ninguém, pobre de mim calouro e ela com seu mestrado em história. Tanto “latiu” que nela também, observei, ter se estruturado, além do seu discurso de dominação (fruto desse reconhecimento que lhes foi dado), pilares para a perpetuação da violência, que como mencionei são nocivos até para continuidade da nossa espécie. Mas logo pra cima de “muá”? Meu impasse com ela foi tanto que, muito agradecida, constitui esta linha de raciocínio que desmascara suas próprias intenções militantes. E que discurso... --Não, que eu sou reconhecida... Tentando, inutilmente, me impedir de exercer meu direito como universitária, de expor minhas idéias tão bem intencionadas, de expor, como diz o saudoso sociólogo Max Weber a “verdade oculta”
Mal sabe ela do que eu sei, mal quer saber ela do próprio preconceito e de todo esse ciclo que ela reproduz, e olha que vai para o encontro nacional das diversidades, VAI E LEVA SEU BAQUINHO DE SUPERIORIDADE, MOCRÉIA! (é isso que da vontade de dizer, mas não, meu processo apesar de dialético é baseado em argumentos não em “baixarias”...

Minha busca é a união entre todos os seres humanos por ideal digno e só! (só? rsrsrsrs) Mas é isso, tudo vale a pena quando a alma não é pequena, jádizia meu caro Pessoa.


Primeiro uma breve homenagem a quem já considero um grande escritor potiguar: Jota Mombaça, amigo de sala (que faz denuncias maravilhosas, autor de um trabalho muito interessante intitulado “meu cú minha bandeira” )
Você arrasa, brother, de verdade, gosto muito de trocar idéias contigo!

Outros reconhecimentos merecidos eu quero destinar a um poeta marginal dos confins do centro da cidade. (depois diga aí de onde você é realmente) X)
Faço esta homenagem, meu amigo, porque no que você escreveu, eu soube admirar a humildade que carece em muitos homens e mulheres e que nos levaria realmente pra frente. Barata Punk saiu divulgando seu trabalho, por incentivo próprio, suas contrari(ações) lutam através de uma
união anarquista consciente em prol da igualdade social e liberdade de expressão.

Aqui estão alguns de seus poemas, amostra de seus pensamentos:

Monstro social

Que sociedade é essa

Cuspindo fogo como um dragão,

Que monstro é esse Que julga os de sua mesma espécie, que leis são essas

Para aprisionar um ser livre.

Que armas são essas

Para destruir as coisas mais belas criadas.

Sempre esperando

Era uma vez, uma bela menina,

Que buscava um príncipe encantado,

Nos seus sonhos ele viria lhe
Buscar em um lindo cavalo branco,

Com roupas finas e vaidade apurada...

Era uma vez uma grande decepção,

Eum grande trauma, tudo que ela

Esperava não era real.

Era apenas uma novela,

Um conto qualquer...

Ela se preocupou muito

Com o que lhe falaram

“um dia você vai ser muito feliz”

Soprava no seu ouvido

Mas tal felicidade

Não veste branco

Como as princesas

De seus contos,

Veste-se de acordo

Com a ocasião...

O embalo...

O momento...

Não espere, não pense demais...

Faça acontecer para


“Viverem felizes para sempre”

Ódio

Muitos dizem que o ódio

É um sentimento ruim,

Mas essas pessoas

Não sabem canalizar

O verdadeiro ódio

O ódio seu verdadeiro

O ódio é a propulsão

Para lutar contra a máquina

O ódio é o fogo que queima

Em forma de revolta,

Para a resistência,

Para a persistência,

O ódio é a propulsão

Para lutar contra o corpo

O ódio é o fogo que queima

Contra a intolerância

Contra a ignorância

Contra o estado.

Libere todos os demônios

Invoque o inferno a sua mente

Para que você possa sentir

O calor do que realmente quer

Sinta o profundo e perverso

Odor do medo de viver

Que sai de seu próprio corpo

E não tente retirá-lo

Tomando banho ou se
Perfumando todo.

Retire esse medo,

Com sua criatividade

Com o seu fazer

Você pode

Você consegue.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Entendamo-nos bem. Não ponho eu mira na posse do que o mundo alcunha gozos.
O que preciso e quero é atordoar-me.
Quero a embriaguez de incomportáveis dores,
a volúpia do ódio, o arroubamento das sumas aflições. Estou curado das sedes do saber; de ora em diante
às dores todas escancaro est'alma.
As sensações da espécie humana em peso.
quero-as eu dentro de mim; seus bens, seus males
mais atrozes, mais íntimos, se entranhem
aqui onde à vontade a mente minha os abrace, os tateie; assim me torno
eu próprio a humanidade; e se ela ao cabo
perdida for, me perderei com ela.

O Fausto - Goethe

Um livro fantástico assim como "Tudo que é sólido desmancha no ar" de Marshall Berman, ambos
têm ocupado minha mente cansada da mesmice humana e dessa carência de não sei o que, dessa inoperancia induzida.
Me fazendo sentir e apenas sentir.
Hoje a poesia é minha própria vida, essa tragédia romântica, moderna e que em nada cabe.

terça-feira, 1 de março de 2011

Negando seu Niilismo

Quando mais tarde tiveres decidido viver por achar interessante o inútil
Quando achares o caos simplesmente parte de tudo
Ou quando a avidez de meu sorriso fizer-lhe replicar com outro riso,
Mesmo que decidido por não acreditar em nada,

Não negues o que faz bater o coração
Não negues o que aparenta ser

Aceita!
Como principio e fim: o prazer
Como potecializador de endorfinas
Como realidade magnífica
essa de causa e efeito

Depois que cada caso e conflito o atiçarem
Quando novamente me notares

Depois comigo
Quando quiseres gozar
ou chorar
Viajaremos
Numa outra estação




quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011



De que vale uma paixão

com um tempo limite sem perdão?


Valerá o labor de poemas?

As notas de teu violão?

Valerá o agrado?

O prazer desmesurado ?

O índio resistente feito borrão?


Que noites inquietas estas minhas,

quando não rendidas pelo afago, pela pintura e o riso teu

(já entrando em colapso)


O que aconteceu meu bem?

Estás tão calado...

foi a verdade que doeu

ou nosso tempo que encolheu?


Posto que não reste do beijo a boca, nem a ruga,

Só o lenço

E a pois, nada!

Por que insisto em escrever-te e viver amargurada?


Se no mais simples e curto dos abismos pus-me a cair

Quero sentir!

Amparada por um fruto macio de cacto alucinógeno.


Rompeste em mim alguns recatos e noções de dor.


Anda então!

A pé

Com pressa!

Pois é assaz o meu querer

Mirar-te no espelho e ver o mais sincero olhar,

Tão calmo e cheio

De nada


Aspira vontades de errar o destino

A buscar um caminho

De conhecê-lo

Só um pouquinho mais...

domingo, 29 de agosto de 2010

Do peito: o "pé"



Estranho a mão querer parar
ao passo que é a mesma quem faz bater o coração...
ficou perplexa e como dona de mim indagou
a canção ecoada das meretrizes que hoje me vieram à tona.

Pois, sacudiram-me a terra
e semearam "pé" de enlouquecer!
Nem sabia que aqui jaz trigo morto
e por mais vigoroso que fosse o fio
haveria de ser breve seu fenecer!

Disposto foi que brotou!
Como há muito não se via
do orvalho que da tua boca pendia
a tal estrutura que chamaram de "querer"

logo fez-se festa no terreiro desolado
a multidão faminta, merecia:
folhas, fruto, poesia
da árvore do prazer desmesurado!

O amor é o sentimento dos desajustados
que nasce quando um arrisca plantar
fruta doce ou de amargar
para esfomeados, tanto faz!

É olhar minguado nas facetas
é relação raiz- flor, que extingue qualquer recato
a fim de alcançar o céu!

Fez-se festa e só!
O tempo que sempre contaram, hoje parou
não houve futuro nem passado
não houve breu nem calmaria
só festa, festa em torno do "querer" frondoso

hoje o cheiro do vento implica felicidade
hoje nasce sem parar o sol e o bem-amado
e é festa!
É festa por trás dos olhos tão cheios de pudor

Assim é
Quando em lembrança teu riso torto me ri
meu corpo sorri
o sexo,
o outro ri,
porque cansar, mão!?
Porque desistir?!