domingo, 29 de agosto de 2010

Do peito: o "pé"



Estranho a mão querer parar
ao passo que é a mesma quem faz bater o coração...
ficou perplexa e como dona de mim indagou
a canção ecoada das meretrizes que hoje me vieram à tona.

Pois, sacudiram-me a terra
e semearam "pé" de enlouquecer!
Nem sabia que aqui jaz trigo morto
e por mais vigoroso que fosse o fio
haveria de ser breve seu fenecer!

Disposto foi que brotou!
Como há muito não se via
do orvalho que da tua boca pendia
a tal estrutura que chamaram de "querer"

logo fez-se festa no terreiro desolado
a multidão faminta, merecia:
folhas, fruto, poesia
da árvore do prazer desmesurado!

O amor é o sentimento dos desajustados
que nasce quando um arrisca plantar
fruta doce ou de amargar
para esfomeados, tanto faz!

É olhar minguado nas facetas
é relação raiz- flor, que extingue qualquer recato
a fim de alcançar o céu!

Fez-se festa e só!
O tempo que sempre contaram, hoje parou
não houve futuro nem passado
não houve breu nem calmaria
só festa, festa em torno do "querer" frondoso

hoje o cheiro do vento implica felicidade
hoje nasce sem parar o sol e o bem-amado
e é festa!
É festa por trás dos olhos tão cheios de pudor

Assim é
Quando em lembrança teu riso torto me ri
meu corpo sorri
o sexo,
o outro ri,
porque cansar, mão!?
Porque desistir?!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

"old time"

Desamparo e sonho

Cansei de tanta pornografia
Alguém me tire daqui!
Queria um lugar que morassem anjos...
Anjos que fizessem amor e sentissem muita dor...
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Canto dos nobres

O que caberia em mim, manoel
Se não o teu mundo pequeno?
ainda que pequeno fosse, tão completo e tão belo.
Ainda que repleto de rãs e lesmas a gozar sobre as pedras,
quisera eu gozar assim, já repleto de horizonte.
Onde tuas árvores têm mais sentido.
E tuas palavras os sentidos dos pássaros.
Menino doente!
Sonora a voz de uma concha, ele disse...
Quanto aos dementes do rio, manoel,
certeza que eras tú
criava-os, todos, tu lembrava-me
cada um deles com teu canto primoroso,
nobre canto dos doidos em meu coração.
Detiam-me nas folhas de papel das tuas árvores
e elas simplesmente me coisam.


(Consegui ter essa publicada na revista do colégio há uns anos atrás)

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Sem título

Sou tão inútil!
A espera de dias melhores aqui estou eu
estática!
tudo tinha que ser perfeito....
Mas não me esforço um tanto se quer, nem para livrar- me dessa preguissa.
Sou um alguém convencido sem provas.
convencido de que sei fazer poesia
ou escrever uma história
Sendo minha vontade tão imensamente maior, aqui estou eu
Intácta!
E para que tentar levantar-me?
Se todos os caminhos levam ao caos?
Triste por tal consumação, por tal conclusão, aprendi que absolutamente tudo passa
Mas que no tempo de tudo, eu fico.
Sou obrigada a marcar a tal passagem, mas onde estará essa vontade?
estado mais deplorável...
eu que de estável me tornei maleável
moldando-me incessantemente numa cama .
Todavia n se preocupe, apenas ouça!
pois até já esqueci quem eu sou...
Minta pois sinto-me vazia, e com uns 80 anos de idade...
Minhas mãos esclerozadas, declamam a mesmisse em outras palavras
que ano após ano não me tarda em ser inútil!
- até q leias (minhas palavras) nunca poderei sê-las
Ó, minhas mãos queridas, vocês são tão reais e eu apenas a vertigem!
Já dizia um sábio que conhecí que "a realidade estragou tudo"
mas vocês não!
então padecerei de pensar e escreverei
porque tudo me rejeita, e eu só hei de escrever por escrever e a mim mesma
até que tudo supostamente termine
Aprendi que isso se chama autodestruição, e o sábio também já sabia disso...
ele sim estragou tudo, ele sim sabia de tudo...
só não sabia que eu o amava, isso ele não sabia!
-E só se a mim se mostrasse o teu deus
ó sabio!

e me dissese o que é verdade
Talvez eu fosse realmente feliz
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Sem Título

Vagando junto às particulas microscópicas
ocupo seus pumões, sua vida
passo dispercebida junto às migalhas
eu sou o nada
sou como navalha rompendo cada triz do seu.
E quando tudo terminar e você estiver como pó eu fujo
para bem longe, onde você não me alcançe e nem possa se vingar.
Como é bom respirar novamente, você, nicotina, me fez doente.
e eu já não sinto seu prazer
o que me dá mais prazer ainda
Mas talvez seja você a correr em minhas veias agora,
pois sinto muita dor!
como conseguiu me encontrar, você que não soube me encontrar?
o que quer agora que sou energia ?
nao sei como se faz o morrer nesta terra em que estou
E você diz: eu ensino
você só diz: tudo termina assim...
mas eu ainda não sei como você conseguiu me encontrar?
uma energia nunca se perde...
Tudo bem! Eu aceito sua sentença!
eu quero me perder agora!
não sejamos mais apenas sofrimento
eu me arrisco em mais uma tragada ,
e de novo
oh sim, como eu quero a loucura como força
quero a ilusao de seu esperma como vida
para me fazer sentimento.
para não ser mais "um nada"
Para ao menos ser qualquer um
infeliz no mundo.


(esse é trash, trip pesada de uns anos atrás... xD)
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Esses são os antigos que eu havia falado...

Faltam os relativamente atuais, já estou providenciando o resgate!


P.S.: De nada aos que lêem

segunda-feira, 24 de maio de 2010


"Primeiro as cores, depois os humanos."
- A menina que roubava livros.


Menino das cores

Ele tem branco, azul, verde, vermelho...
Tem muito mais cores, menino, no lugar d'onde tu "veio"!
Vieste da inpiração, do ar, do sol (do nascer do sol),
Vieste da menina que sorri.

És leve!
é tão leve o peso do teu ser
Que
penso poderes alçar vôo
segurando ainda meu
insustentável querer .

Teu sereno jeito
faz dançar as cores
E a dança, em ti, é ciranda
A rodar e rodar frente a mim.

Como num caleidoscópio!
brinca! cria!
E as formas com graça se pronunciam
Uma após outra
Inigualáveis - em teu olhar.

E que olhar tão pleno e brando!
Menino! te dou folha em branco
para que a mim possas tingir.


Livra-te do excesso das cores!
Meninos de amores
Que a vida nutre...

Em mim.

domingo, 16 de maio de 2010

prévio


Opa! (que agora eu tenho noção de ser uma palavra de origem indígina) Então pessoal, nada melhor que começar um blog novo dando um "oi","olá" valorizando nossa cultura miscigenada e antes de tudo herdada!
Um blog novo, ainda ganhando formas como tudo.
Colocarei assim que possível minhas notas mais antigas que se encontram em um outro pc (que por sinal está no conserto de ópera)
Ficam aqui minhas primeiras saudações a vocês que passam...ficam, ou so dão uns amassozinho (sem plural, faz favor)

Uma breve apresentação:

xp
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Antes de mais: eu uso letras pra fazer carinhas e o que mais eu quiser, eu gosto, eu que mando!
Mando em mim nessa porra...
Sou totalmente a favor da livre expressão simbólica-pós-moderna-renascentista- expressionista-e-pitoresca das coisas que nos coisam.
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Má vamo lá, deixar de lorota....
Meu nome completo é Paula de Paiva Salazar; yoh, yoh!

Tenho 20 anos e nasci por aqui mesmo;

Completei 2 períodos de psicologia e passei na UFRN p o curso de ciencias sociais ao qual já estou indo a uma semana. Abandonarei por esses dias a faculdade de psicologia simplismente porque a universidade federal é o ambiente mais fascinante que ja pude conhecer. É la que se conhece as pessoas mais interessantes, mesmo quando são o mais toscas possivel chega a ser interessante a-normaleza (amo neologísmos).

Com absoluta certeza só tenho a dizer que sou uma boa vivant. Boa não, excelente! Enquanto que é triste ver mamãe só enfeitando a casa, se estressando com uma pia molhada, dia após dia, sucumbida numa lombra errada...

"Devagar e sempre" sem que eu percebesse também tornou-se meu lema.

Canto, danço, leio, escrevo, desenho, assisto, interpreto, converso, rio (muito e por besteira mas o resto é so por coisa boa)...
Ultimamente tbm tenho praticado certos dogmas criados por mim mesma como o desapegar-se de materialismos, criar coisas eternas, ter sempre paciencia, livrar-me de todos vícios (ainda bem que eu não tenho nhm, graças a deus a shiva e a jah!)

Ao meu ver, amor, amor mesmo...só dá certo no plano das idéias ("amor platônico"), mas dessa forma estamos amando a nós mesmos idealizados no corpo de outrem. O amor real (quando um outro nos oferece algo real) na maioria das vezes n é suficiente para um dia todo de pastoração e cedo ou tarde decepciona e estraga como coisa real. Como 100 reais, 2 reais...um conto... Ah, tenho certz que vcs entenderam!

Eu amo.

Sempre da forma mais real possível, ainda que decepcione.(como frase real)

(carai, porra é essa que eu escrevi...)



deixa eu ver o que mais...

Por hoje é so mas sábado estaremos de volta novamente, eu aqui no meu velho e querido banco e vcs em todo brasil por que...
- A PRAÇA É NOSSA! VAMO TOMAR TUDO, FORA MICARLA!!!!!!!
Uff... ainda bem que eu lembrei dessa desculpa para a dar a vos, leitores marginais.
E porque tbm está tarde, amanhã tem aula cedo (na verdade daqui a uma meia hora) e eu ainda tenho que comer e ler, tomar um banho, dormir...acho que chegarei atrasada...



Um trecho deslombrado pra vcs entenderem todo este meu depoimento chapadão
(ééééé! vai dizer que vc não se notou...ou, muito menos, não notou as folhinhas do meu papel de parede.):

(algum dia eu escrevo, juro)

P.S: O prazer é todo meu.
E ele é o princípio e fim de uma vida feliz como já dizia meu amigo Epicuro.